Aos profissionais de saúde em segundo lugar. Pela satisfação e qualidade dos trabalho produzido. Será mesmo asim?
Às instituições, servem para tapar o buraco das incompetências e das ineficiências. Podemos ir acrescentando diariamente alguns exemplos de situações destas.
Para além das diárias de internamento, a consulta externa é a outra fonte de financiamento dos hospitais públicos, pelo que são hoje utilizadas como fonte de rendimento e não como ponto de intersecção de interesses mútuos dos profissionais e dos utentes.
Os profissionais são pressionados a fazer consultas por "atacado" e os utentes têm medo de perder esta porta aberta na instituição.
Se fizermos uma média do tempo de consulta por cada utente, podemos questionar se houve tempo para a mesma ou se foi uma "visita de cortesia" dita "visita de médico".
Para que serve o registo da "consulta sem doente"? Qual é o peso destas consultas no volume total de consultas externas? Algumas nem dão direito a registo clínico. Servem mesmo só para regularizar um pedido de exame ou a emissão duma receita médica ou mesmo a renovação de tratamento. Quem estamos a querer enganar? Transforma-se assim uma acto administrativo numa consulta médica para fazer aparecer produção (o trabalho sempre existiu e faz parte do Back Office do trabalho médico).
Vamos RESISTIR à perversão da medicina e do acto médico que está por esta via a ser transformado numa mera actividade negocial (ou em breve teremos um consultório médico ao lado das farmácias das grandes superfícies).
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