Até chamar mentiroso é difícil hoje em dia. As mentiras tornaram-se tão rebuscadas que praticamente não existem. Passou a existir a ausência de verdade, o que não é exactamente uma mentira.
Este comentário e desabafo vem a propósito do funcionamento das instituições que deveriam constituir o suporte da vida democrática. Quando se diz que a justiça é demorada ou que as instituições não funcionam, não referimos como as culpas são colectivas.
Organismos como a Provedoria de Justiça ou a Inspecção Geral de Saúde encontram com frequência bloqueios no interior das instituições públicas que deveriam agir na promoção e defesa do funcionamento normal da democracia.
O CRRRC foi questionado várias vezes pela Provedoria de Justiça sobre dúvidas por mim suscitadas quanto à legalidade de alguns procedimentos da Administração do Centro. Os responsáveis do centro assumiram-se (à entrada) com cumpridores zelosos da lei (qual?). Assumiram publicamente que a legalidade seria a pauta da sua actuação. Digam-me então porque dão respostas incompletas (mentiras por omissão) a questões simples como a acumulação de funções (ilegal) do Assessor da Direcção Clínica e como a ausência de relação contratual entre a Dra. Arminda e o Centro
Não respondem com mentiras, mas sim com meias verdades que lhe permitem ir ganhando tempo de modo a chegarem ao fim do mandato. É que a alternativa a este mandato é o anonimato cinzento em que sempre viveram, pelo que vale mais aproveitar agora.
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