No caso concreto das consultas externas em geral e de MFR em particular, há uma prática consolidada de multiplicação de consultas (no âmbito do Sistema Público) com quem lucram apenas as instituições e que prejudicam claramente o erário público e os próprios utentes.
Não é exagero afirmar que um doente necessitado de tratamento de MFR (em especial fisioterapia) precisa de se submeter a 3 a 4 consultas médicas (médico de família e ou especialista) para poder candidatar-se a uma lista de espera para tratamento!!!
A título de exemplo, há neste momento cerca de 300 utentes em lista de espera para tratamento ambulatório no Centro de MRRC. É esta a missão daquele Centro? Não. Então porque faz as consultas a doentes que não pode tratar num espaço de tempo clinicamente útil? Porque assim factura e apresenta estatísticas de produção e não há ninguém que faça auditorias aos números, muito menos à adequação técnica deste tipo de atitudes.
Mas neste campo o CMRRC não está isolado. Esta prática é corrente pelo país fora e vai acabar por degradar a credibilidade desta área médica. Pior ainda é que são os próprios Fisiatras que promovem e contribuem para esta situação.
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