Há a proximidade política, a proximidade financeira, a proximidade sexual a proximidade de interesses, enfim tudo o que possa constituir moeda de troca para ser utilizada mais tarde.
Aproxima-se um período em que as mudanças nos CA hospitalares vão mudar por razões diversas: fim de mandato, amizades/inimizades pessoais, confiança/desconfiança política, libertação de um tacho para outro boy....
Nesta perspectiva os candidatos começam a perfilar-se e alinhar-se na partida. Alguns colocam-se em bicos de pés, outros sobem para bancos para aumentar a sua visibilidade.
Não deixa de ser curioso como a ausência de responsabilização real pelos resultados dos mandatos, cria estas filas de espera de incompetentes. Alguns comportam-se como verdadeiros monarcas e gostariam de transmitir aos seus herdeiros (morais) as funções que libertam.
Enquanto às direcções intermédias (Directores de Serviço) é exigido um Plano de Acção, aos Conselhos de Administração só é exigida fidelidade pessoal a pessoas, não a princípios ou a ética ou a programas estratégicos. Nem sequer precisam de assumir um compromisso de governança: basta-lhes aceitar o mandato que lhes é entregue cegamente e sem regulação.
Exija-se responsabilização financeira e penal pelo exercício do mandato e a apresentação de um plano de acção (objectivo e exequível) e vejamos quanto ficam em bicos de pés (os cursos de gestão para profissionais de saúde serviram apenas para financiar instituições de ensino superior e para escoar verbas comunitárias?).
Depois da caça ao tacho nas autárquicas começa a caça ao tacho na Administração Pública. Na comemoração da implantação da República pergunta-se se algo mudou de facto ou se mudámos apenas de protagonistas, mas a lógica é a mesma ... ou pior.
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