O Presidente do CA do Centro Hospitalar de Coimbra terminou o seu mandato, prorrogado até final de Setembro, o que transformou o actual CA num órgão de transição até à tomada de posse do novo CA. Como tal deixou de ter legitimidade para actuar em representação do CHC para além das funções mera gestão corrente.
Este facto é difícil de entender pelas pessoas que até ao fim se agarraram à bóia de salvação que, eventualmente, lhe permitiria manter um mandato igual ao que tinham exercido até à data.
Não conscientes de que os tempos mudaram e que o seu mandato já era, vem a Directora Clínica questionar profissionais da casa por um delito de opinião. Sim, delito de opinião em 2009, no Portugal democrático.
Profissionais responsáveis, permitiram-se lembrar à Sra. Ministra da Saúde que no CHC se vivia um vazio de poder. Haverá situação mais desgastante para os quadros de uma instituição que a ausência de liderança e a consequente ausência de rumo?
Numa atitude desesperada de agarrar o poder que lhe resta com as duas mãos, de respirar a última lufada de ar com sabor a poder, de eventualmente ainda conseguir desgraçar mais alguém antes de deixar o poder, veio a actual Directora Clínica exigir explicações sobre a opinião expressa por alguns profissionais da instituição à Sra Ministra.
Conforme-se Sra. Directora Clínica pois amanhã estará no meio do seus pares e só espero que possa encará-los olhos nos olhos.
Em nome do delito de opinião, fez esta CA, que está de saída, coisas bem piores. Agora é mais fácil falar dessa forma com a futura ex-Directora Clínica.
ResponderEliminarEsperemos que neste novo cenário de grandes expecativas todos (mas todos) possamos encarar-nos olhos nos olhos. Eu também estarei conformada se isso não acontecer. Acho mesmo que é por causa desse Portugal "democrático" que isso pode não acontecer... foi você quem falou do outro cartão.
Bom, pelos vistos a resposta da Sra. Ministra foi célere; vai daí, futura ex- Directora Clínica para o meio dos pares. E o que se espera? Que seja confrontada com os resultados do seu trabalho e dos seus pares anteriores? Talvez não! Importante é encarar-nos olhos nos olhos. A quem? a nós que estivemos quietinhos durante os últimos anos quando (pelos vistos e pelos comentários do seu Blog) se perseguiam enfermeiros de um determinado serviço, se tratavam médicos e serviços de maneira diferenciada, se perseguiram pessoas da casa e fora da casa,etc,etc,etc
Grave mesmo é pedir explicações (e a quem) que já não vai ter tempo de ler???.
E "desgraçou" muita gente? E o que foi feito para o evitar? E quem fez? E quem deveria ter feito?
Isto são perguntas sem nexo de quem não quer deixar de encará-la apenas por esse motivo.
Não quero promover aqui uma acção persecutória contra ninguém, por ter exercido a sua função o melhor que soube, acreditando que era de facto a melhor solução para a instituição.
ResponderEliminarAssim, encarar os colegas olhos nos olhos depende apenas do peso que alguns podem ter na consciência, que venha a dificultar o relacionamento entre pares.
Por esta razão, seria bom que não se avivassem feridas neste período de transição que se aproxima, o que não se aplica apenas à Directora Clínica.
Há que pedir responsabilidades, sim, a quem não soube proceder bem enquanto com o poder na mão. Para depois podermos premiar quem souber fazer o contrário.
ResponderEliminarQue quem mande pense que não ficará impune pelos desmandos que cometer. Que prejudicam pessoas e principalmente instituições. Doutro modo nunca poderiamos enaltecer quem, pelo contrário, proceder de maneira adequada, correcta e competente.