O CA do CMRRC continua a ser a entidade mais capacitada para dar resposta a esta pergunta; basta ver as asneiras que fazem para saber como não se deve fazer.
É claro o exemplo vindo a público pelo Diário de Coimbra das entidades públicas que continuam a utilizar os mesmos procedimentos de desorçamentação que lhes permitem escapar ao visto prévio do Tribunal de Contas e transferir custos com pessoal para fornecimento de serviços externos.
É claro o exemplo vindo a público pelo Diário de Coimbra das entidades públicas que continuam a utilizar os mesmos procedimentos de desorçamentação que lhes permitem escapar ao visto prévio do Tribunal de Contas e transferir custos com pessoal para fornecimento de serviços externos.
Foi este tipo de engenharia
financeira que permitiu que o Eng Sócrates pusesse o país a pedir; no entanto
os CA (ainda por cima em gestão corrente) continuam a utilizar estas engenharias
para dourar a pílula e mostrar trabalho de casa que só está feito pela fachada;
por trás é um castelo de cartas que cai quando a lei das finanças tiver que ser
aplicada.
O Centro de Medicina de
Reabilitação da Região Centro é um Hospital SPA, que tem uma gestão à antiga:
as admissões fazem-se por concurso público para vagas que têm de ser abertas
pelos Ministérios das Saúde e das Finanças. Isto significa que as instituições
têm de cabimentar os respectivos ordenados no orçamento; no entanto, ao longo
dos tempos vários procedimentos concursais foram efectuados, sem qualquer
autorização, como é exigível. O pessoal que agora está em vias de passar para
os quadros de uma empresa de outsourcing de serviços médicos, assinou um
contrato com o CMRRC (não autorizado pela tutela) e pode exigir o seu
cumprimento. No entanto eles sabem que a legislação tarda e por vezes não se
aplica, sobretudo quando o faltoso é uma instituição pública). O que é estranho
é que uma empresa de outsourcing deveria estabelecer com os trabalhadores um
contrato de trabalho e não um contrato de prestação de serviços (vulgo recibo
verde), pelo que a situação parece ainda mais aberrante.
Também aberrante é a afirmação do
Presidente do CA e Director Clínico do CMRRC (espante-se que um Centro de
Reabilitação tem como Director Clínico um médico não qualificado em medicina de
reabilitação – se fosse uma entidade privada já estava fechada), quando afirma
que “não é o hospital que gere o pessoal”. É
caso para perguntar então que fazem eles na Administração ou ainda de quem é a
responsabilidade dos actos prestados por pessoal estranho ao hospital que
presta serviços no hospital.
Costuma perguntar-se, quem ganha
com isto? Follow the monney.
Mas algumas pessoas sabem que os
hospitais não tratam doentes com as paredes nem com o betão, mas sim com os
seus técnicos; e neste campo também sabemos que o CMRRC é uma estátua
(pequenina) com pés de barros, uma vez que cresceu de modo artificial para
fazer de contas que é grande, mas não tem um quadro de recursos humanos para
efectuar todo trabalho de que a região necessita. Esta rã tem inchado tanto que
agora começa a esticar a pele para alem daquilo que pode e quando rebentar, vai
cheirar muito mal e todos vamos perder.
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